Obrigado, Dra. Rubina!
A Secretária Regional da Caridade e das Passerelles anda, por aí, num ‘lufa-lufa’, a dar nas vistas, o mais que pode, e ‘à força toda’! Ela é dar carrinhos às associações caridosas, ela é dar esmolinhas aos pobrezinhos – sempre devidamente fotografados! -, ela é dar mangueiras aos bombeiros, ela é inaugurar sedes de paraquedistas, ela é festas da cerveja pel Sé, ela é a anfitriã em congressos, em palestras, em passerelles e em tudo quanto mexa nesta terra. Está tudo muito certo. Mas pergunta o leitor: “e em relação ao trabalho governativo?! Que medidas de combate à pobreza para retirar da miséria milhares de conterrâneos nossos?! É apenas a caridadezinha com o fotógrafo pessoal a registar cada passo da Senhora?! E que medidas para combater o desemprego?! E que estratégias de combate à precariedade laboral – sim, porque a Senhora tem a pasta do trabalho! – que coloque fim à exploração de milhares de trabalhadores nesta Região?! E o investimento em mais habitação social para acolher os milhares de pessoas inscritas há uma e duas décadas no Instituto de Habitação?! E a resolução dos problemas de degradação habitacional em Santa Rita, por causa de mais de uma década de avanços e recuos em torno da construção do Hospital?! E a recuperação dos Bairros Sociais do governo cheios de amianto, degradados e a cair de podres?! E os espaços verdes dos Bairros do Instituto, descuidados e mal tratados?! E a aposta no apoio a inúmeros idosos que vivem na solidão?! E o reforço do apoio domiciliário que permita às pessoas que vão dar banho e a comida aos velhinhos e às velhinhas estarem com estes utentes mais de vinte minutos?!”.
Pensa o leitor, e com razão: “É fácil, Sra. Secretária da Caridade, vir zurzir no trabalho dos outros quando a Senhora pouco fez na Câmara durante os longos anos em que por lá se pavoneou e quando nada faz nas funções governativas em que foi investida”.
Perante este bluff saltitante, em que se transformou a Secretária da Caridade e das Passerelles, que não mexeu uma palha para promover a inclusão e a segurança social de quem mais precisa ser apoiado, só falta endereçar à senhora um sentido “Obrigado, Dra. Rubina!”.