Acontecimentos marcantes

Para que não existam dúvidas, eu votarei na lista do BE porque continua a ser o partido que apresenta o programa que mais vai de encontro às minhas aspirações

Vários acontecimentos e efemérides marcaram os dias que separam este artigo do último.

O grave acidente no Caniço, que tirou a vida a 29 pessoas de naturalidade alemã e feriu outras tantas, incluindo duas pessoas portuguesas. Foi mais uma calamidade que marcou a nossa terra, pela negativa, e que nos enlutou profundamente. Para além de tudo o que já foi dito em relação ao bom socorro prestado, acho que precisamos, um dia, de saber o que realmente se passou com aquele autocarro. Concordo que não seja agora, mas temos o direito de saber a causa de tal tragédia.

Em relação ao cinto de segurança neste tipo de transportes, acho que está na hora de debater como alargar o mesmo aos transportes públicos de passageiros, onde não existem e, ainda por cima, se admite que muita gente vá de pé, sem quaisquer condições de segurança. Basta ser feita uma travagem brusca e o perigo espreita. Já sofri, e vi, situações muito negativas. Então nas horas de ponta é mesmo inseguro andar de pé nos transportes públicos da nossa terra.

Os últimos acontecimentos da Venezuela e o seu desfecho. Quando em Portugal aconteceu o 25 de Abril de 1974, que este ano faz 45 anos, as forças armadas estavam muito bem preparadas para desferir o golpe mortal contra o regime que nos governava. Sabiam que podiam contar com o apoio dos partidos e grupos de antifascistas, que eram da oposição a esse mesmo regime. Tiveram, por isso, o apoio popular, de imediato, e as forças armadas juntamente com o povo fizeram a revolução da Liberdade. Os cravos que a Celeste distribuiu aos soldados, foram interpretadas por eles como as balas que não deviam disparar e, por isso, os colocaram nas pontas das espingardas. O resto foi assumido pelo comando central, com o saudoso Salgueiro Maia a ter o papel que todos conhecemos.

Tudo isto para dizer que, quando estas condições não estão reunidas e quando o descontentamento não é generalizado, sobretudo nas forças armadas, chamar o povo para a rua para fazer uma revolução não funciona, até porque quem está no poder tem sempre um maior controle das operações. O povo da Venezuela precisa de resolver o conflito criando as condições, oposição e poder, com a vigilância da ONU, para serem convocadas eleições livres, devidamente controladas para não existirem atropelos à Liberdade de voto, e assim escolherem quem querem a dirigir os destinos do seu País. Não conheço outro caminho para resolver este conflito porque, à espera da divisão dos militares, o povo vai ficando cada vez mais pobre e doente e um País com tanta riqueza vai sendo saqueado e empobrecido.

A 26 deste mês vamos ter eleições Europeias, que embora estejam a ser encaradas de forma leve e simplista, pelos vários quadrantes partidários, elas vão marcar a campanha até as eleições regionais de 22 de Setembro. Não sou das pessoas que pensam que elas vão decidir o próximo Governo Regional, até porque considero que o povo não é “burro” e sabe distinguir as diferentes eleições. Para que não existem dúvidas, eu votarei na lista do BE porque continua a ser o partido que apresenta o programa que mais vai de encontro às minhas aspirações e reivindicações, para que tenhamos uma Europa mais democrática e social, que se preocupe com a paz entre os povos e com as alterações climáticas que influenciam as nossas vidas.

 

 

Publicado em Dnoticias.pt