O Bloco propõe transportes coletivos gratuitos
Para Hélder Spínola, mandatário do Bloco, quando falamos em mobilidade falamos de transportes, da necessidade de deslocar pessoas e de questões ambientais e energéticas, a Madeira gasta mais de metade da energia em transportes, uma grande dependência do petróleo e, naturalmente, estamos a falar de poluição”.
O Bloco de Esquerda quer um sistema de transportes baseado na mobilidade coletiva e nos transportes públicos para facilitar a mobilidade das pessoas, um direito constitucional, uma maior autonomia energética e qualidade do ar e menos poluição sonora.
Temos um sistema retalhado, existindo vários operadores que não estão convenientemente interligados entre si e isso causa constrangimentos na mobilidade na ligação entre concelhos.
Queremos que o transporte coletivo na Madeira e no Porto Santo seja assegurado por uma única empresa pública de transporte coletivo, com um sistema único de bilhética com preços a tender para a gratuitidade”.
Quando falamos em ter transportes coletivos e que sejam economicamente acessíveis, falamos num investimento com grande retorno para a sociedade. Mesmo este sendo gratuito é um bom investimento para o interesse público. Cada vez que alguém deixa o seu automóvel em casa e usa o transporte coletivo está a contribuir para diminuir a poluição, o constrangimento no trânsito e a ocupação do espaço público”.
Para que isso aconteça é preciso inverter o desinvestimento no transporte coletivo ocorrido ao longo das últimas décadas, resultando num sistema que não funciona, não oferece conforto, rapidez e não corresponde às necessidades do dia a dia das pessoas, este desinvestimento tem conduzido ao envelhecimento da frota de autocarros, à sua desatualização, não cumprindo os regulamentos ambientais da União Europeia”.
Recusamos as propostas de outras forças políticas e do governo regional que continuam a incentivar o uso do automóvel, ainda que os elétricos, a transformação em termos de sistema de transportes coletivos na Região, para além da necessidade de mudar o modelo, implica o investimento na reconversão para tecnologias mais limpas. Estamos a falar de valores que têm que ser devidamente contabilizados, mas sobretudo em valores com um retorno positivo em termos económicos para a sociedade.
Será sempre mais barato se os transportes coletivos forem gratuitos do que andar de automóvel particular, porque diminui os encargos em todo o suporte que é dado ao automóvel, em estacionamentos, na reparação e construção de novas vias, e benefícios na saúde pública, na qualidade ambiental e em termos turísticos.