BE critica “lucros fabulosos” no Teleférico do Funchal
O Bloco de Esquerda considera o teleférico do Monte um “negócio fabuloso”, uma vez que teve um investimento de 12 milhões (no ano 2000) e lucros anuais superiores a seis milhões em 2017 e em 2018, considerando que se trata de um verdadeiro negócio das arábias, com uma taxa de lucro acima de 50% ao ano.
Segundo o nosso coordenador regional, em 2017 as vendas totais foram de 8,4 milhões e os lucros operacionais (lucro antes de impostos e dos custos financeiros) acima de 6 milhões,onde é possível encontrar um negócio com rentabilidade tão elevada, que em dois anos permite recuperar o investimento?
Para Paulino Ascenção, trata-se de um negócio com pouco risco, pois está protegido por um contrato de concessão entre a CMF e os privados, quando Miguel Albuquerque era presidente da autarquia e onde o interesse público não foi acautelado. Deveria ter sido incluída uma cláusula que permitisse à autarquia beneficiar de uma parte significativa dos proveitos da exploração do teleférico, tamanhos lucros são excessivos, não são normais.
As contrapartidas para o município não chegam a 300.000 euros, menos de 5% dos lucros operacionais, e relembra que em 2017, aquando dos incêndios no Funchal, a empresa concessionária doou 50.000 euros, menos 1% do lucro desse ano.
A responsabilidade política desta situação é de Miguel Albuquerque, presidente da CMF na altura, que não acautelou o interesse público, quis favorecer os privados, situação que continua a ser a marca do Governo Regional, favorecendo certos interesses privados em prejuízo da maioria da população.