Proteger a pesca contra os perigos da piscicultura

Câmara de Lobos tem uma forte tradição piscatória, que deve ser preservada. A Europa deve apoiar fortemente a nossa pesca, de uma forma sustentável, apoiar o emprego e os rendimentos de quem vive da pesca.
A Europa começou por mandar abater barcos de pesca e pagou milhões para tal.
Resultado: diminuição de emprego e aumento das importações de peixe.
Foram os pescadores para a construção civil, mas as obras acabaram-se e não ha emprego nem na construção nem na pesca.
Lutaremos para que corrija e apoie a reconversão da frota regional
Para melhorar os rendimentos e as condições de trabalho dos pescadores mas sem prejudicar o equilibrio ambiental do nosso mar.
A piscicultura intensiva , na moda , pode ser um perigo para os pescadores, por diversas razões:
1. Produz peixe mais barato que o peixe selvagem capturado pelos pescadores;
2. A alimentação à base de rações, o uso de medicamentos e os dejetos dos peixes atafulhados em jaulas vão contaminar o mar em redor, prejudicando o desenvolvimento e a qualidade dos peixes selvagens capturados;
3. O risco de fuga de especies estranhas ao nosso mar poderão perturbar o equilíbrio dos ecossistemas e das espécies selvagens tradicionais capturadas pelos pescadores.
O rendimento da piscicultura vai todo para o investidor, aumentando a concentração de riqueza. A população local, os pescadores ficma apenas com os efeitos negativos - mar envenenado e os custos decorrentes. A taxas pela concessão não cobrem.
O impacto na criação de emprego é muito reduzido, pelo contrário, levará à diminuição de emprego na pesca.
A piscicultura se não for informada e monitorizada cientificamente não garante a segurança alimentar, colocando em risco a saúde.
Mas com a subserviência do Governo Regional aos interesses privados, maiores razões de preocupação devem ter os pescadores e a população.
Não pode ser posta em causa a o desenvolvimento a longo prazo, em nome de enriquecimento rapido de alguns.
deveria existir uma Lota em Câmara de Lobos, onde estão os barcos e os pescadores, não no Funchal, no interior do porto turístico - o pescado é mercadoria, atrai as gaivotas, cujos dejetos são mau cartão de visita.
Apelamos à participação nas eleições europeias (no dia 26 de maio) e ao voto no BE, pois os eleitos irão defender, na UE, a importância do setor da pesca para a Região e os direitos de todos os que vivem do seu trabalho.