Pescas - que interesses defende o Governo da Madeira?

Que interesses defende o Governo Regional quando propõe que a pesca pare a atividade mas não a aquicultura, quando os supermercados estão abastecidos de "pescado de aviário" e o peixe selvagem triplica de preço entre o descarregamento das embarcações e a chegada ao consumidor?

Os supermercados continuam recheados de peixe com origem na aquacultura e cuja alimentação é mais que duvidosa. Essa atividade não parou na Madeira e tem recebido inúmeros ajudas públicas, quer fundos regionais, quer apoio político na defesa da atividade.

Governo Regional quer parar a atividade pesqueira, não como medida preventiva da propagação da doença, mas alegando que  não há escoamento para o pescado. Em nenhuma outra região da Europa se verifica paragem da pesca, mas apenas adaptação por razões sanitárias como aconteceu todas as outras atividades.

Embora a Europa esteja em confinamento, as pessoas continuam a precisar de alimentar-se. Quais são esforços está o Governo Regional a desenvolver para resolver os problemas do escoamento do pescado ou para encontrar capacidade de armazenamento ainda que fora da Região? Como se compreende que esse problema de escoamento não afeta a piscicultura?

Foi notório o grande empenho dos governantes regionais na defesa da piscicultura, porquê e quais os interesses? Porque o governo Regional falhou no reforço da capacidade de armazenamento de pescado na Madeira, em suma que interesses protege o Governo Regional, os interesses do povo trabalhador - como os pescadores - ou os interesses dos investidores anónimos por detrás da piscicultura?