Passes a 40€ - não está a ser cumprido.
O Governo Regional anunciou o valor de 40 euros como valor máximo para os passes sociais na Madeira. A medida vigora a partir do mês de abril, mas não corresponde às expetativas, ficam de fora os passes combinados cujo valor é afinal de 62 euros.
Há realmente uma descida dos preços dos passes combinados, tão mais significativa quanto maior a distância ao Funchal. No entanto o valor anunciado de 40 euros deveria deveria ser o máximo para todos os passes na Região, tal como acontece em Lisboa, na Área Metropolitana (AML), onde o passe de 40€, é válido em todos os serviços de transporte público regular nos 18 municípios que integram a AML.
Foi a medida adotada na AM de Lisboa, que inspirou o Governo Regional, o valor da referência até é o mesmo, os limites também deveriam ser os mesmos e incluir os passes combinados, tanto mais que em Lisboa as distâncias são muito maiores e, consequentemente, os custos das viagens. Mais uma vez a Autonomia está a ser usada pelo PSD para deixar os madeirenses pior servidos que os portugueses do continente.
Este regime cria situações injustas: o passe para a deslocação entre o Caniço e o hospital fica mais caro (62€) que o passe entre o Porto Moniz e o centro do Funchal (40€), o que não faz sentido. O Governo Regional deve corrigir esta situação rapidamente.
Companhia única de transportes públicos.
A rede de transportes públicos na Madeira não evolui desde os anos oitenta, as carreiras são praticamente as mesmas e já não respondem às necessidades da população, por isso os passageiros são cada vez menos. Estamos junto a uma infraestrutura desportiva em Câmara de Lobos - campo de futebol e pista de atletismo – que se fosse melhor servida por transportes públicos, seria mais utilizada e poderia afastar a necessidade de investir numa nova pista de atletismo no Funchal.
A melhor forma de gerir a rede de forma integrada, para responder melhor às necessidades das pessoas é criar uma companhia única de transportes públicos para toda a ilha, para atender ao interesse público.
O Bloco assume o compromisso de reduzir progressivamente o preço dos transportes para os utentes, criar uma companhia única de transportes públicos para toda a ilha, como meio mais eficaz de gerir a rede e adapta-la às necessidades de deslocação das pessoas, quer para o trabalho, quer para o desporto e lazer.