O controlo da comunicação social pelo poder económico enfraquece a Democracia

É preocupante a instrumentalização da comunicação social pelos interesses económicos, a isenção e a pluralidade da informação ficam em causa, o que enfraquece a Democracia. 

Se o controlo do Estado sobre os órgãos de comunicação possibilitava a instrumentalização pelos Governantes, a privatização e a integração em grupos privados não dá qualquer garantia de maior isenção e rigor da informação e de pluralidade de pontos de vista. Pelo contrário o risco é agora os órgãos de comunicação social serem usados para manipular o público e os governos, em prol dos interesses dos seus donos. 

O quadro fica mais negro se considerarmos a desregulação e a precarização das relações de trabalho, que também aflige os jornalistas e os deixa mais desprotegidos e sujeitos a pressões e a abusos. 

Um exemplo concreto são as falsas notícias que têm sido difundidas pela comunicação social regional da alegada responsabilidade da greve dos estivadores no atraso no abastecimento de mercadorias à Madeira, quando a greve ainda nem começou. São notícias que visam atacar os direitos dos trabalhadores, em particular o direito à greve, descredibilizar as organizações sindicais e proteger interesses monopolistas que colidem com os interesses dos estivadores e os seus direitos a uma vida digna e a uma remuneração justa.

A Liberdade de imprensa e a pluralidade da opinião publicada são fundamentais à Democracia e esta fica enfraquecida com o condicionamento da dos órgãos de comunicação social, inevitável com a integração destes em poderosos grupos económicos.

Realizou-se hoje um encontro de militantes do BE em Machico.