O Bloco de Esquerda Madeira mantém confiança no seu Coordenador
Na origem desta declaração está uma notícia do semanário Expresso segundo a qual deputados dos círculos eleitorais das regiões autónomas beneficiam da duplicação de apoios estatais ao transporte entre o Continente e as Regiões Autónomas.
“A Comissão Coordenadora Regional reconhece dignidade na decisão de renuncia ao mandato de deputado na Assembleia da República e o desapego ao anunciar a devolução dos montantes recebidos do subsídio de mobilidade, por parte do coordenador regional e mantém plena confiança para continuar a coordenar o partido”, refere a declaração.
No mesmo texto, o Bloco de Esquerda Madeira deixa críticas ao Governo Regional de Albuquerque, que diz ter completado “três anos de inacção, de promessas adiadas, de experimentalismo e de total subserviência aos poderosos”.
“Protegeu os interesses privados contra o interesse público: ao renovar a concessão do CINM; ao preservar o monopólio nos portos; ao não trazer de volta o ferry como prometeu; ao renegociar as parcerias publico-privadas rodoviárias com maiores vantagens para os privados. Subitamente encontrou milhões para fazer obras que não são prioridade, enquanto os investimentos urgentes na saúde são sempre adiados – estamos de novo no caminho da bancarrota e da ocultação de dívida, como o revela a exigência publica dum empreiteiro de milhões ao Município de Câmara de Lobos. Em vez de resolver os problemas do povo, de assumir responsabilidades, remete para Lisboa – é um governo que não governa, que só reclama e faz show-off’. Não resolve os problemas, mas distribui cheques de forma avulsa e sem critério, por agricultores, bordadeiras e cuidadores domiciliários, numa descarada tentativa de comprar votos”, aponta.
Por outro lado, a Comissão Regional do Bloco de Esquerda diz que “falar de alterações às regras eleitorais, alegando problemas de “governabilidade”, numa região que é governada em maioria absoluta há 40 anos é anedótico e revela o grau de desespero que vai no PSD-Madeira pela perspetiva de perder o poder”.
A declaração refere-se, ainda, às declarações de Miguel Albuquerque de que “os madeirenses nunca viajaram tanto nem a tão baixos preços”. “Ou vive numa realidade virtual, ou não sabe ler as estatísticas: os madeirenses pagam muito mais que os 86 euros previstos pela subsídio de mobilidade, o preço das viagens ultrapassa a barreira dos 400 euros com frequência o que faz com o o custo final para os residentes seja mais alto que no anterior modelo de subsídio de mobilidade”, sublinha o BE.
Texto do artigo publicado em Dnoticias.pt