O Bloco de Esquerda assinala o 25 de Abril com uma concentração na Praça do Município

O Bloco de Esquerda assinalou esta manhã o 25 de Abril com uma concentração na Praça do Município, no Funchal, onde partilhamos canções e poemas que Abril nos deu e que foram maiores que o lápis azul da censura.

O Bloco de Esquerda assinalou esta manhã o 25 de Abril com uma concentração na Praça do Município, no Funchal, onde partilhamos canções e poemas que Abril nos deu e que foram maiores que o lápis azul da censura.

No ano em que se iniciam as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e em que se viveu mais tempo de democracia do que de ditadura, é sintomático que o executivo do PSD, regressado à Câmara do Funchal após 8 anos em que a sessão solene na Assembleia Municipal do Funchal marcava este dia, decida cancelar a democracia, coarctar a liberdade de expressão das forças da oposição, democraticamente eleitas por milhares de funchalenses.

Mas não calarão a nossa voz. Não participamos nem pactuamos com eufemismos de palavras que se traduzem depois em actos de beija-mão; não aceitamos o retrocesso democrático que se viveu hoje no Funchal, e, com isto, marcamos o nosso protesto. Por todas e todos os funchalenses, mesmo os que não votam em nós.

Pretendemos também celebrar a democracia e a liberdade e prestar um tributo a todos os homens e a todas as mulheres de coragem que deram a sua liberdade e a sua vida por todo um Povo. Foram abnegados na acção, resilientes na luta e venceram barreiras que hoje para nós são dadas como garantidas.

Foi Abril que nos trouxe o Serviço Nacional e Regional de Saúde; a Escola Pública, numa Região em que a taxa de analfabetismo era gritante. Foi Abril que nos trouxe o Salário Mínimo e o voto para todas as mulheres. Foi Abril que nos deu a Liberdade de estarmos e de nos exprimirmos livremente e em que a cultura fez tombar o lápis azul da censura. Foi Abril que permitiu a construção dos órgãos de poder local e que possibilitou as autonomias e a constituição dos governos regionais da Madeira e dos Açores.

E isto nunca poderão apagar da memória nem dos livros de história.

25 de Abril Sempre! Fascismo nunca mais!