Medicação para seropositivos na Madeira está outra vez em falta

Os doentes seropositivos foram informados no Hospital Nélio Mendonça de que voltaram a faltar os medicamentos antirretrovirais para o seu tratamento, denunciou Roberto Almada durante o debate orçamental da Região.

O deputado bloquista na Assembleia Legislativa Regional da Madeira interveio contra a proposta de Orçamento apresentada pelo Governo Regional liderado por Miguel Albuquerque. Entre as críticas apontadas, a falta de investimento na Saúde dos madeirenses esteve em destaque nesta intervenção, em que Roberto Almada denunciou o regresso da falta de medicamentos para a população seropositiva em tratamento no Hospital Nélio Mendonça.

O deputado bloquista na Assembleia Legislativa Regional da Madeira interveio contra a proposta de Orçamento apresentada pelo Governo Regional liderado por Miguel Albuquerque. Entre as críticas apontadas, a falta de investimento na Saúde dos madeirenses esteve em destaque nesta intervenção, em que Roberto Almada denunciou o regresso da falta de medicamentos para a população seropositiva em tratamento no Hospital Nélio Mendonça.

“Ainda ontem, dia 12 de dezembro, alguns doentes seropositivos que se dirigiram ao hospital foram informados de que voltaram a faltar os medicamentos antirretrovirais, pelo que os seus tratamentos foram novamente interrompidos. Esta situação diz respeito a cerca de meia centena de infetados, não havendo previsão de quando votará a existir este tipo de medicação na farmácia do hospital”, afirmou Roberto Almada no plenário do parlamento regional madeirense.

Também o GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos – reforçou a denúncia esta terça-feira, acrescentando que o hospital passou a dar no mês passado os medicamentos antirretrovirais avulso apenas por períodos de dez dias, e não de noventa como a lei prevê, até interromper a entrega esta segunda-feira.

Reagindo a estas denúncias, o hospital admite a diminuição de stocks, mas não aceita que tenha havido interrupção de tratamentos, dizendo esperar a chegada de nova encomenda ainda esta semana.

A situação que os seropositivos em tratamento enfrentam na Madeira não é nova. Ainda em março deste ano, Roberto Almada já denunciava a falta de medicamentos para utentes com doenças graves, entre os quais os seropositivos. No mês seguinte, a GAT tinha denunciado uma interrupção semelhante e também aí o hospital não admitiu que ela tivesse acontecido. As queixas de falhas duravam desde janeiro e ficaram sem resposta até então, denunciou na altura o coordenador do Centro Anti-Discriminação do GAT, Pedro Silvério Marques, ao semanário Expresso.

Esquerda.net

Intervenção final de Roberto Almada sobre o Orçamento para 2017 da R.A.M.