Mais incentivos ao transporte coletivo e menos ao transporte individual
O Bloco de Esquerda defende incentivos para um maior uso do transporte coletivo publico e o desincentivo do uso do transporte individual, o incentivo fundamental é o preço que é elevado, é necessário baixar o preços dos transportes publicos, para que as pessoas a ele recorram mais e deixam o carro em casa.
Por outro lado os preços dos estacionamentos na cidade não devem baixar, como fez a câmara do Funchal, pois isso é um sinal em sentido contrário ao desejável maior uso dos transportes públicos.
Fala-se no “bilhete corrido” entre o Porto Santo e o continente para o avião – e muito bem, nós apoiamos – mas também faz sentido um bilhete corrido para quem vem de fora do Funchal e precisa de se deslocar no transporte público (na cidade) para chegar ao seu trabalho. Uma pessoa que venha do Porto da Cruz, tem de comprar dois passes, vai suportar um custo mensal de quase 200 Euros, ora isto é um terço do salário mínimo nacional, é demasiado e é necessário o Estado (a Região) dar subsídio aos transportes, não há outra maneira.
Na Estónia temos uma experiência de transportes públicos gratuitos, depois de uma experiência na sua capital que durou cinco anos e com sucesso, o transporte gratuito foi alargado a todo o país. Esta experiência está a ser estudada por outras cidades europeias e aqui também deve ser estudada.
Quando temos o PSD e o Governo Regional a defender que não haja limites para o valor do subsídio de mobilidade para irmos de avião ao continente e ao mesmo tempo nas propostas que apresenta para o transporte público rodoviário vem defender que deve ser auto-sustentável – que os passageiros devem pagar o custo total do autocarro – ora isto não faz sentido e é contraditório.
Faz sentido subsidiar o transporte público para as pessoas chegarem só seu trabalho no dia a dia, é uma necessidade fundamental. É preciso mais equilíbrio entr eu montante de subsídios aos transportes públicos e à mobilidade aérea, que também faz sentido existir.
O transporte marítimo de passageiros (ferry) – que já existiu sem receber apoios públicos – e agora vai receber três milhões para funcionar durante três meses, que é o montante das ajudas a Horários do Funchal recebe por ano, aqui também está desequilibrado.
E se o Governo Regional, se Miguel Albuquerque vê razões para processar a TAP pelos prejuízos que causa à Madeira, é extraordinário como é que não vê razões para processar a Empresa de Navegação Madeirense, pelos preços absurdos que pratica no transporte da carga no ferry, em que é sete vezes mais caro vir uma carrinha de Portimão para o Funchal que em sentido contrário.