Desenvolvimento justo da economia madeirense depende do reforço dos rendimentos de quem trabalha

O salário médio da Madeira está abaixo do salário médio nacional, ainda que o custo de vida seja dos mais elevados, e esta é a região do país com maior risco de pobreza. Bloco avança com propostas para reforçar rendimentos dos madeirenses.

O Bloco de Esquerda Madeira dedicou esta semana a contactos com a população na zona norte da ilha. Há um claro sentimento de abandono: o aumento desregrado do turismo degradou a qualidade de vida e não melhorou os rendimentos dos trabalhadores. Este é o espelho de um modelo errado de desenvolvimento.

O Turismo é fundamental na economia da ilha, mas o seu crescimento precisa de regras para garantir a sustentabilidade ambiental e social. No momento em que se anunciam novos recordes de receita, mas em que a população sofre os efeitos devastadores da inflação, urge aumentar salários e pensões. O salário médio da Madeira está abaixo do salário médio nacional, ainda que o custo de vida seja dos mais elevados, e esta é a região do país com maior risco de pobreza. O Bloco avança com três propostas imediatas para proteger os rendimentos do trabalho:

  1. Aumento do salário mínimo em vigor na Região Autónoma da Madeira para 850€, de modo a fazer face aos custos da inflação e da insularidade.
  2. Atribuição do complemento solidário para idosos a todos os reformados com pensões inferiores ao salário mínimo regional.
  3. Pagamento do subsídio de insularidade no valor de 5%, para todas e todos os trabalhadores da administração pública e do setor privado.

Estas medidas estão ao alcance da economia e das contas públicas da Região. A economia da Madeira está a crescer acima do previsto e as receitas do Governo Regional também. Esse crescimento deve servir quem vive do seu trabalho e constrói a riqueza da Região. O reforço dos rendimentos do trabalho é a forma mais eficaz de combate à pobreza e de justiça na economia.