A concessão do porto é o grande garrote à economia regional
O Bloco esta manhã esteve em campanha na baixa do Funchal, entre a Rua dos Aranhas, Carreira até ao Largo do Chafariz a contactar as pessoas na rua, a alertar para os graves problemas que vivemos a a apresentar a suas soluções.
A realidade da Madeira é de gritantes desigualdades na distribuição da riqueza, com as mais altas taxas de risco de pobreza do país e com os jovens a emigrar, com a população a diminuir – menos 3.600 alunos no próximo ano letivo - pois aqui não há futuro.
Este é o resultado das escolhas do PSD que governa para os grandes interesses económicos e contra a maioria da população. Há uma teia montada pelo PSD entre o Governo e as grandes empresas regionais que controla tudo e não mata à nascença qualquer iniciativa que não se vergue ao poder dessa teia de interesses. O Armas foi escorraçado, para proteger o grupo Sousa o Lidl, não foi permitido para proteger na altura o Hiper Sá, noutros domínios a iniciativa de fazer da Madeira um destino de surf foi morta porque os promotores não eram alinhados politicamente com o PSD.
A mudança que a Madeira precisa é romper com esta teia e deixar respirar, deixar viver, permitir as iniciativas de natureza empresarial, cultural ou desportivo, que se afirmem pelos seus méritos e não pelo compadrio.
O Eixo desta teia, o grande estrangulamento da economia regional está na concessão do porto de mercadorias do Caniçal, que dura há 27 anos, sem compartidas para a Região e que permitiu afastar a concorrência no transporte marítimo e criar um monopólio que encarece a vida a todos os madeirenses.
Curiosamente o PSD, o CDS e o PS reivindicam mais concorrência nas transportes aéreos, mas ficam cegos perante a falta de concorrência no transporte marítimo, estão confortáveis com o monopólio do Grupo Sousa.
Este é o grande estrangulamento e removê-lo é essencial para termos uma economia mais aberta, mais transparente e a riqueza distribuída de forma mais justa – a Madeira para todos.