Bloco de Esquerda defende mais Democracia na Região
O Bloco de Esquerda teve casa cheia com cerca de duas centenas de militantes e simpatizantes em Câmara de Lobos, num jantar-comício com a presença dos principais candidatos às Eleições Regionais e do líder nacional do partido, Francisco Louçã.
Francisco Louçã respondeu aos insultos de A. J. Jardim, que o apelidara de "fascista": "Alberto João Jardim sabe do que está a falar, pois durante muito tempo foi director do jornal do partido único da ditadura na Madeira e, por isso, é catedrático em ditadura e fascismo". Acusou ainda o secretário-geral do PSD-Madeira, Jaime Ramos, de ter mais de 50 empresas e ser um dos maiores beneficiários dos maiores negócios na Madeira, apontando que é ele quem dirige os sectores dos cimentos, da construção civil, da publicidade, "até do Teleférico do Funchal, tendo dinheiro a rodos para fazer negócios com os dinheiros do Governo Regional".
Paulo Martins, cabeça de lista do Bloco de Esquerda às Eleições Regionais, defendeu a extensão àquela região autónoma da lei das incompatibilidades e impedimentos que abrangem os titulares de órgãos de soberania e de cargos políticos, aprovada na Assembleia da República...
... afirmando: "Não pode haver deputados empresários que decidem na Assembleia a seu favor". Paulo Martins salientou também que "é preciso dar a volta nesta democracia, torná-la uma democracia e autonomia do povo, da esquerda, que coloque as pessoas em primeiro lugar". E acrescentou: "Pela primeira vez, os votos de todos os cidadãos da Madeira valem o mesmo. Agora não há listas de caciques concelhios".
A terminar, Paulo Martins afirmou: "todos os partidos têm um grupo parlamentar e a grande novidade no dia 6 de Maio será o BE passar a ter um grupo parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira".