BE defende modelo público para exploração portuária na Madeira

No debate mensal com o presidente do Governo Regional, o BE defendeu a alteração do atual modelo de exploração das operações portuárias da Região considerando que o modelo de concessão proposto pelo Executivo de Albuquerque não é o que melhor serve os madeirenses e portossantenses.

Roberto Almada defendeu a necessidade de garantir a exploração das operações portuárias por uma entidade pública que "salvaguarde o interesse público e vá ao encontro das necessidades da população". O parlamentar bloquista considerou que "se a exploração das operações portuárias são rentáveis para os privados, não seriam, certamente, deficitárias se fossem geridas por uma entidade pública". Os Deputados do BE na Assembleia Legislativa da Madeira temem que o Governo regional esteja a preparar uma concessão à medida pois "os dois grandes parceiros ineternacionais do Grupo Sousa que exploram, em conjunto, um terminal em Lisboa não vão querer prejudicar o seu parceiro madeirense" pelo que, temem os bloquistas, esta pode ser uma manobra do 'vira o disco e toca o mesmo'.  

O Deputado Rodrigo Trancoso, por seu lado, considerou "incompativeis as obrigações de serviço público com um modelo de liberalização pura e dura", em termos de transportes marítimos e aéreos. Questionou ainda se "é justo, em termos de coesão territorial, que um residente na Ilha da Madeira pague mais para se deslocar, por via aérea, à Ilha do Porto Santo do que para se deslocar para fora da Região?!".

BE defende modelo público para exploração portuária na Madeira

"São incompatíveis as obrigações de serviço público com um modelo de liberalização puro e duro"