Tudo se passa em pleno século XXI

Andamos para trás em muita coisa, mas ainda estamos a tempo de mudar muita coisa. Basta querermos

Nos EUA, a juventude diz que vai votar contra as armas, que são livremente vendidas e o negócio que mais rende no País. Querem acabar com os assassinatos e massacres de colegas nas escolas e na sociedade em geral. Os adultos tremem porque o negócio das armas é mais importante para eles do que as vidas humanas.

Na Catalunha, existem presos políticos, em pleno Século XXI, mesmo depois de terem sido eleitos democraticamente pelo povo. O Governo Central Espanhol, que marcou as eleições, não aceita a decisão da maioria dos votantes e diz que a mesma vai contra a Constituição. Se foi o povo que votou, e se querem ser coerentes, prendam o povo, é caso para dizer.

No Brasil, continuam a ser assassinadas, todos os dias, pessoas que não estão com a direita golpista, tendo uma delas, a Vereadora Marielle Franco, sido executada à bala, por ser defensora e porta-voz dos mais pobres e discriminados do regime. No Brasil, contra a decisão da maioria que escolheu os Governantes, existem uns golpistas corruptos que recorrem a tudo para tomar o poder, sem serem eleitos pelo povo.

Na Síria, continuam a morrer milhares de pessoas por causa de uma guerra que tem interesses políticos e estratégicos que estão a matar as pessoas à fome e ao desterro. Tudo em nome de interesses que não são os do povo. Esse Povo, que devia comandar os destinos do seu País, é tratado como lixo e é assassinado todos os dias apenas porque fogem da guerra.

Em França, mais uma vez, um atentado terrorista vitimou pessoas que apenas queriam viver com normalidade. Estes atentados espalham-se um pouco por todo o mundo, na Europa inclusive, sem que se vislumbre um fim à vista. Até quando? É o que perguntamos todos os dias.

No Reino Unido, estão na moda os envenenamentos de espiões e as expulsões de Russos. A quem está a servir tudo isto? O que se está a preparar? Vem mais uma guerra a caminho?

Estes exemplos mostram como o mundo caminha muito mal. Na era da tecnologia. Na era da fartura. Naquela que devia ser uma era de paz e harmonia, existem problemas gravíssimos que fazem com que os nossos problemas pareçam tão pequenos.

Mas ainda assim vale sempre a pena, embora ligados ao mundo, não esquecermos que dele fazemos parte e como tal temos que olhar à nossa volta e ver que muita coisa nos preocupa, sobretudo, quando temos governantes que têm uma distinta lata de nos tratar como se fossemos portugueses/as de segunda, ou terceira categoria, com a questão da mobilidade.

Somos portugueses/as para pagar impostos e outras taxas, mas já não o somos se quisermos nos deslocar dentro do nosso próprio País. E aqui existem muitas questões em debate porque, os 34 milhões que foram gastos em viagens aéreas em 2017, a maioria ficou na TAP e outras companhias exploradoras. Não foi quem viajou que gastou esse dinheiro.

Ninguém pode ficar de fora deste debate. Os dois Governos cometeram erros. O Governo da República por ter privatizado a TAP sem, pelo menos, assegurar a continuidade territorial entre os entre os/as portugueses/as. O Governo Regional por, desde o início, aceitar uma regulação errada. Devíamos pagar apenas a parte que nos compete como acontece nos Açores. Agora, a situação torna-se ainda mais grave quando o Vice-Presidente admite que podemos ser tratados/as com mais discriminação horária, e não só.

Em pleno século XXI, andamos para trás em muita coisa, mas ainda estamos a tempo de mudar muita coisa. Basta querermos. E nesta questão da mobilidade, temos uma palavra importante a dizer.

 

Publicado em Dnoticias