SESARAM "está em coma induzido"

"O Serviço Regional de Saúde está em 'coma' induzido pelo PSD, para favorecer os negócios privados".

 

 

 

A saúde está doente de forma deliberada, os gastos na Saúde não são visíveis e o Governo Regional tem preferido investir em coisas mais visíveis, estradas novas ou praias de areia amarela. Só temos conhecimento do estado do nosso serviço de Saúde quando dele precisamos". É com esta declaração que Luísa Santos, número dois da lista do BE às Eleições Regionais, reage ao 'Raio X' hoje publicado no DIÁRIO. A dirigente do 'Bloco' acusa o Governo Regional de não ter investido o necessário no sector e não ter investido na prevenção. "As pessoas passam mais tempo doentes, porque vivem cada vez mais anos e a resposta é tardia após o diagnóstico", manifesta, considerando que o Executivo madeirense deve "aumentar o orçamento para a saúde, para recuperar as listas de espera e porque uma população mais idosa exige mais cuidados de saúde".

De resto, lança uma questão: "Mas porque está doente saúde?" E a primeira constatação surge logo a seguir: "Os profissionais deparam-se com as carreiras congeladas e com ordenados baixos, as saídas são a emigração e a acumulação com o privado. A redução de profissionais aumenta o cansaço dos que ficam, trabalham mais, mas recebem o mesmo, aumenta a desmotivação".

Adianta também, em jeito de denúncia, que a "manutenção dos equipamentos é descurada e as obras adiadas (há sempre outras prioridades) são factores adicionais de desmotivação que os privados aproveitam. Algumas opções desafiam qualquer lógica de eficácia, são puros fretes a interesses privados, como os casos da radiologia / medicina nuclear, a desativação da lavandaria do hospital, para dar negócio ao grupo Serlima/Pestana, o encaminhamento dos resíduos perigosos para o continente, dá negócio ao monopólio do transporte marítimo".

E acrescenta: "Temos de fazer do Serviço Público de Saúde uma prioridade, só assim se pode garantir a prazo cuidados de saúde com qualidade para todos". 

Ora, por tudo isto, considera que "urge valorizar os profissionais, reforçar o quadro de pessoal, melhorar as infraestruturas e equipamentos. Apostar na prevenção para poupar no tratamento da doença e fazer acompanhamento adequado na doença cronica. Há que desburocratizar e tornar mais transparente o funcionamento da saúde, criar mecanismos de participação dos profissionais e dos utentes na gestão do Serviço de Saúde, só assim se combate a partidarização da administração, o compadrio e a promiscuidade com os privados".

 

Publicado em liveblog.Dnoticias.pt