PSD sem maioria absoluta na Madeira, Bloco volta ao Parlamento Regional

Nas eleições regionais deste domingo, a coligação entre PSD e CDS ficou aquém do patamar da maioria absoluta, o PS caiu fortemente e o Bloco de Esquerda voltou à Assembleia Regional madeirense. “Duas boas notícias”, diz Mariana Mortágua. Roberto Almada garante que será “oposição inflexível”.

Das eleições regionais deste domingo resulta que a coligação PSD/CDS fica a um eleito da maioria absoluta numa campanha em que Miguel Albuquerque tinha dito que não governaria sem ela mas depois de conhecidos os resultados deu o dito por não dito.

O Bloco de Esquerda regressa à Assembleia Regional com 2,24% que correspondem a 3.036 votos.

Mariana Mortágua reagiu afirmando que “o Bloco cumpre os dois objetivos a que se tinha proposto para esta campanha”, o que “são duas boas notícias: regressámos ao Parlamento Regional com a eleição de Roberto Almada e contribuir para o fim desta maioria absoluta do PSD que tem desmandado e condicionado o destino da região”.

A dirigente bloquista garante que o partido vai usar a sua voz no Parlamento Regional para “fazer oposição a todas as políticas de direita” e “falar alto contra os interesses instalados”, “contra o regime das negociatas”, com o foco no direito à habitação que foi a prioridade na campanha e “é por ela que vamos lutar durante este mandato”.

Nas suas declarações depois de saber que regressa ao Parlamento Regional, Roberto Almada começou por agradecer a quem fez campanha, dizendo que a vitória é “um bocadinho” sua mas “muito de todas e todos vós que estão nesta sala” e que fizeram “esta campanha maravilhosa”. Isto para além de agradecer também aos dirigentes nacionais bloquistas que participaram na campanha.

O agora deputado regional diz que será “oposição inflexível” à coligação PSD/CDS-PP. Sobre o quadro político futuro da região pensa que “a direita lá se reorganizará e formará seu governo, mas terá no Bloco uma oposição que será contundente”.

O regresso à Assembleia Legislativa Regional, vinca, é para ficar mas “sobretudo para trabalharmos, combatermos e fazermos oposição a um governo de direita recauchutado que aí vem”.

Nos resultados finais, a coligação PSD/CDS obteve 23 mandatos, com 43,13 %, correspondentes a 58.399 votos. O PS obteve onze mandatos com 21,30 %, correspondentes a 28.844 votos. O JPP cinco mandatos com 11,03 %, correspondentes a 14.933 votos. O Chega quatro mandatos com 8,88 %, correspondentes a 12.028 votos. O PCP/PEV um mandato com 2,72 %, correspondentes a 3.677 votos. A Iniciativa Liberal um deputado com 2,63%, correspondentes a 3.555 votos. O PAN um mandato com 2,25%, correspondentes a 3.046 votos.