Preço da habitação: o Bloco faz um desenho

O Bloco de Esquerda insiste na necessidade de acabar com os vistos gold, que alimentam a especulação imobiliária e a corrupção. Propõe ainda criar tetos máximos nas rendas, limites ao alojamento local e moratória à construção novos hotéis e empreendimentos de luxo. 

Numa ação original de campanha, o Bloco de Esquerda colocou em 30 locais do Funchal uma tela com um m2 com a inscrição 2979€, para ilustrar o preço do m2 da habitação no concelho e que é um dos mais altos do país.

Na ação, Roberto Almada declarou à imprensa que a habitação a quase 3 mil euros por m2 é fruto de uma política virada para os milionários estrangeiros e que esqueceu os madeirenses. Miguel Albuquerque em todos os concelhos se gaba da atração de investidores externos ricos, ignorando o verdadeiro ataque de nervos em que vivem tantas famílias que não conseguem pagar a sua casa. Os madeirenses e portosantenses orgulham-se de receber bem e assim querem continuar, mas não aceitam ser expulsos da Região.

O Bloco de Esquerda insiste na necessidade de acabar com os vistos gold, que alimentam a especulação imobiliária e a corrupção. Propõe ainda criar tetos máximos nas rendas, limites ao alojamento local e moratória à construção novos hotéis e empreendimentos de luxo. 

Na ação estiveram ainda presentes a coordenadora regional e segunda candidata, Dina Letra, e a ex-coordenadora nacional do Bloco, Catarina Martins, que apelou ao voto no Bloco nas eleições de domingo para garantir uma oposição de coragem no parlamento regional. Os partidos de direita apenas ambicionam um lugar no governo de Miguel Albuquerque e o PS desistiu de ser oposição. É preciso quem defenda o direito à habitação, quem não se resigne com a emigração dos jovens, quem lute por uma Região mais justa.