Bloco quer travar privatização de serviços públicos
O Bloco de Esquerda da Madeira esteve este fim de semana na Escola de Hotelaria e Turismo da Madeira, que regressa ao domínio público, para utilizar o seu exemplo na defesa dos serviços públicos.
Roberto Almada, cabeça de lista do partido às próximas eleições regionais, defendeu que “a entrega de serviços públicos aos privados não deve acontecer” dá conta o Diário de Notícias da Madeira. Para ele, “os exemplos da Escola Hoteleira ou dos CTT, entre outros”, aí estão para desmentir “o mito que os privados gerem melhor que o público”. Os exemplos avançados “prestavam excelentes serviços à população e após a sua passagem para as mãos dos privados degradaram os serviços que prestam à população”.
Assim preciso que “não se cometa o mesmo erro com a privatização do Lar da Bela Vista e de outros serviços públicos”. Este é o maior lar de idosos da região e o governo regional anunciou a sua privatização. O Bloco opõe-se defendendo que tem condições para funcionar bem na esfera pública.
Sobre o caso da Escola de Hotelaria e Turismo explicou que sua concessão a privados em 2010 “tornou-se num autêntico negócio ruinoso para os cofres da Região e num negócio da China para os privados”. E agora a Região da Madeira será obrigada a pagar quatro milhões de euros de indemnização, até 2025, “pela incompetência dos privados e pela irresponsabilidade do GR”.
O candidato bloquista recordou que o partido em 2016 tinha já apresentado a proposta do regresso desta unidade de ensino à esfera pública mas o PSD/CDS “e alguns outros partidos” não a apoiaram” e “só acordaram agora, quase sete anos depois”, mesmo “sabendo que essa gestão era danosa” como se comprovou através de uma auditoria do Tribunal de Contas.