Bloco denuncia “ataque ambiental, social e imobiliário” no Funchal
Em declarações aos jornalistas, Mariana Mortágua repudiou este “ataque ambiental social e imobiliário”.
É um ataque ambiental porque vai ser destruída a pouca zona de costa livre que existe no Funchal e porque vai ser sobrecarregada toda a rede de resíduos e de esgotos que já não tem capacidade”, o que pode, nomeadamente, levar a descargas no mar do excesso de esgotos, explicou a coordenadora do Bloco.
Mariana Mortágua apontou ainda que se trata de um atentado social na medida em que se trata de uma das poucas zonas que os habitantes do Faial ainda podem visitar e utilizar sem pagar.
Por outro lado, acrescentou a dirigente bloquista, estamos perante um ataque imobiliário, já que neste espaço de costa vão ser construídos mais apartamentos de luxo, com preços a começar nos 500 mil euros, “do que o Programa de Recuperação e Resiliência prevê para toda a região da Madeira a custos acessíveis”.
E este “ataque ambiental social e imobiliário” é feito “em benefício dos grandes grupos económicos da Madeira”.
“Em nome desses grupos e do lucro desses grupos vão-se mudando as regras urbanas, as regras do território, que se vão atropelando regras ambientais para acumulação de lucros imobiliários, em prejuízo da população”, lamentou Mariana Mortágua.
A coordenadora do Bloco acusou o executivo madeirense de dar “mais um passo na crise ambiental e na crise da habitação” e garantiu que o partido vai tomar iniciativa no Parlamento Regional para tentar travar este atentado.