Bloco apresenta cinco prioridades para a nova legislatura

Habitação, ambiente, serviços públicos, transparência e igualdade de género são as cinco áreas destacadas pelo Bloco na abertura da nova legislatura da Região. O partido promete ser “oposição combativa e coerente ao governo da maioria PSD/CDS/PAN.

A nova legislatura na Assembleia Legislativa Regional da Madeira inaugura-se esta quarta-feira. Este é o pretexto para o Bloco de Esquerda, que voltou ao Parlamento Regional nas últimas eleições com a eleição de Roberto Almada, reforçar os compromissos assumidos e apresentar-se como “oposição combativa e coerente ao governo da maioria PSD/CDS/PAN”.

A estrutura autonómica do partido, em comunicado, destacou “cinco áreas de intervenção prioritária” para os próximos anos. A primeira é a Habitação. Assim, “para responder à necessidade urgente de garantir habitação a preços justos, o Bloco proporá tetos máximos nas rendas, limites ao alojamento local e moratória à construção de novos hotéis e empreendimentos de luxo”.

A segunda é o Ambiente, com a defesa da “preservação da Praia Formosa e da Floresta Laurissilva”, a oposição “à concretização do projeto da Estradas das Ginjas”. Os bloquistas madeirenses asseguram ainda que tudo farão “para travar os projetos imobiliários e empresariais que constituem risco ambiental e climático imediato, nomeadamente a construção do novo teleférico do Curral das Freiras e do alargamento da aquacultura na Madeira”.

A terceira aérea são os serviços públicos. Pretende-se priorizar “o fim das listas de espera na Saúde, com a imposição de tempos máximos de espera, e a reversão da privatização do Lar da Bela Vista, para garantir acesso à saúde e a cuidados dignos na velhice”.

A transparência é outras das preocupações centrais. Neste âmbito, pretende-se “alargar à Região da Madeira as regras de impedimentos e incompatibilidades para os cargos políticos que já vigoram na República”. Isto porque se considera que “não tem sentido que a Madeira seja um offshore político em que se premeia o conflito de interesses”.

Por último, mas não menos prioritária, a igualdade de género. O partido anuncia desde já que vai propor a introdução de quotas de género de 40 por cento na lei eleitoral da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira e o reforço de meios para o combate à violência doméstica e apoio às vítimas.