Ambientalistas madeirenses reagem com "repúdio e estupefação" ao acordo PAN/PSD

A associação ambientalista Cosmos diz não entender "como é que um partido ligado à proteção da natureza pode apoiar um Governo que tem praticado na Região Autónoma da Madeira os mais vis e condenáveis atentados ambientais".

Em comunicado divulgado no Correio da Madeira, a associação ambientalista madeirense Cosmos manifesta o seu "repúdio e estupefação" com o acordo do PAN para viabilizar o executivo do PSD/CDS. A associação diz não entender "como é que um partido ligado à proteção da natureza pode apoiar um Governo que tem praticado na Região Autónoma da Madeira os mais vis e condenáveis atentados ambientais". E diz que o acordo assinado é "de uma irracionalidade confrangedora, em que as reivindicações que apresentou são de tal maneira triviais, inócuas e voláteis, que roçam a uma estranha ingenuidade infantil".

"Mesmo que o PAN pretendesse prolongar este regime corrupto e anti ambiental, poderia exigir pelo menos que os Planos de Ordenamento da Orla Costeira e a Reserva Agrícola saíssem da gaveta (é a única região do País que não tem esses planos)", acrescenta a associação, dando outros exemplos de medidas que um partido que se diz defensor do ambiente poderia incluir no seu "caderno de encargos" para viabilizar um governo na Madeira.

"Mas o PAN, na sua ânsia oportunista de agradar e de trepar, até teve o desplante de reunir com os membros do PSD, no maior atentado urbanístico da Madeira", o hotel Savoy, "a jóia de um dos oligarcas mais poderosos da Madeira, conhecido pelos seus inúmeros atentados ambientais", acrescenta a Cosmos.

A associação conclui que "o PAN tornou-se, a nível nacional, a vergonha do movimento ambientalista e de todos aqueles que lutam contra a oligarquia corrupta e contra os desmandos de regimes pseudodemocráticos".