Os ricos e os pobres do Séc. XXI

Estamos a viver um grande retrocesso em termos de relações de trabalho. As entidades patronais, com o conluio de muitos políticos, cada vez fogem mais dos Contratos Colectivos de Trabalho, criam vínculos precários, refugiam-se nos recibos verdes e muitos trabalhadores não têm qualquer vínculo contratual nem estão inscritos na Segurança Social.
Ao nível político, também assistimos a situações incríveis. O PSD Madeira, que deixou Câmaras endividadas e amarradas ao PAEL - Programa de Apoio à Economia Local, e o próprio Governo Regional meteu a Madeira no PAEF- Programa de Assistência Económica e Financeira, porque espatifou milhões com obras como a marina do Lugar de Baixo, entre outras e até o dinheiro da Lei de Meios foi gasto, em parte, na chamada Praça do Povo, com um cais de acostagem, onde os barcos se recusam a acostar, volta novamente a injectar 38,8 milhões de euros em sociedades de desenvolvimento!
Qual foi o proveito que a RAM tirou dos dinheiros que já gastou com as sociedades de desenvolvimento? O Governo não sabe como gastar 38,8 milhões de euros? Parece que há tanto dinheiro de sobra e, no entanto, reclama do Governo da República, porque só quer pagar 50% do hospital!
Ou será que é uma maneira de fazer sair dinheiro do erário público para acumular, não sabemos onde, e fazer crescer os tesouros dos mais ricos?
E nós, os pobres do Séc XXI, até quando vamos suportar esta má governação que nos empobrece cada vez mais? Como dizia o actor José Wilker: "Anda daí que o tempo ruge".