Saio da Assembleia com o dever cumprido! (Parte I)

O social foi prioridade do BE, no combate ao risco de pobreza, ao desemprego ao abandono dos idosos, à violência doméstica; por um complemento às pensões de miséria, aumento do salário mínimo, a construção de novos lares de idosos. Por um Estatuto do Cuidador Informal, na defesa do Serviço Regional de Saúde e do bem-estar animal.

Como é do conhecimento público, a Comissão Política e o Coordenador Regional do meu partido decidiram que deixavam de contar comigo como Deputado na Assembleia Legislativa da Madeira, e, por isso, não serei candidato às próximas eleições. É uma decisão legítima de quem dirige o partido que, mesmo discordando, só me cabe aceitar. Na hora da saída, talvez seja importante fazermos um pequeno balanço da atividade que eu e o Rodrigo Trancoso, enquanto deputados do BE, desenvolvemos na legislatura que agora finda. Ao longo destes quatro anos, a vertente social foi uma das nossas maiores prioridades. Interviemos no sentido de alertar e apresentar propostas que combatessem o risco de pobreza, que atinge tantos milhares de conterrâneos nossos, bem como o desemprego que, apesar das estatísticas dizerem que está a diminuir, ainda atinge tanta gente, deixando milhares de pessoas sem acesso a qualquer tipo de remuneração. Batemo-nos, intransigentemente, por medidas que atenuassem o empobrecimento e o abandono dos Idosos, cada vez mais frágeis e entregues à sua sorte, não esquecendo a necessidade de garantir um complemento regional de pensão a quem tem pensões de miséria e exigindo a construção de novos lares de idosos. Estivemos na linha da frente na apresentação de um diploma legal que criasse o Estatuto do Cuidador Informal, de forma a serem reconhecidos direitos a quem cuida de outras pessoas. Denunciámos problemas, propusemos soluções e tivemos uma ação permanente na defesa do Serviço Regional de Saúde, Público e acessível a todos. Interviemos no sentido de reforçar o combate à violência doméstica, verdadeiro cancro da nossa sociedade e que tem ceifado a vida a tantas mulheres, na nossa Região. Interviemos na defesa de mais e melhores serviços públicos, contra a entrega de serviços essenciais aos privados a quem só interessa o lucro. Interviemos na defesa dos direitos dos trabalhadores da administração pública e do sector privado, exigindo um aumento maior do salário mínimo em vigor na Região e de um maior aumento do subsídio de insularidade para os funcionários públicos. Interviemos, desde o início da legislatura, no sentido de que fossem reconhecidas e implementadas medidas no âmbito do bem-estar animal. E fizemos muito mais em defesa da Madeira, e da sua população, trabalho esse de que vos continuarei a dar conta no artigo do próximo mês.

 

Publicado em Dnoticias a 08 08 2019