"Um orçamento mais justo mas que ainda assim não vai tão longe quanto o Bloco gostaria"

Mariana Mortágua esteve, esta tarde, no Funchal, para um debate organizado pelo Bloco de Esquerda Madeira sobre o Orçamento de Estado para 2017.

No debate que ocorreu no "Espaço Paulo Martins", a deputada Bloquista, aproveitou a oportunidade, para dar a garantia de financiamento por parte do Orçamento de Estado da República (OE2017), do financiamento de 50% para a construção do Hospital da Madeira, uma das razões que “mostra o quão útil foi o voto no Bloco de Esquerda”, sendo útil que exista num governo, "uma força capaz de trazer novas propostas para o país”.

Sobre as medidas mais importantes deste OE2017, Mariana Mortágua destacou a mudança da lei de atualização das pensões e o aumento de 10€ para pensões até 630€, algo que considerou a “maior vitória política” do Bloco de Esquerda no próximo orçamento. Foi ainda anunciado a reposição salarial da função pública, o final da sobretaxa de IRS ao longo do ano de 2017 e uma nova prestação única para pessoas portadoras de deficiência.

O OE2017 foi considerado pela deputada como um orçamento mais justo, mas que ainda assim não vai tão longe quanto o Bloco gostaria, principalmente na área social.

Em jeito de conclusão, Mariana Mortágua deixou várias perguntas que os Portugueses e Madeirenses devem colocar aos deputados do PSD e do CDS:

“Como é que vão votar contra o orçamento que faz o maior aumento de pensões da década? Como é que são capazes de votar contra um orçamento que garante 50% do financiamento do Hospital do Funchal? Como é que são capazes de votar contra um orçamento que garante mais dois milhões na verba para ajudar a combater as consequências dos incêndios na Madeira?”. 

Paulino Ascenção, que inaugurou a conferência, aproveitou para esclarecer todas as questões que levantou na Assembleia da República, como a revisão do subsídio de mobilidade nas viagens aéreas, o avião cargueiro ou a linha ferry. O deputado aproveitou ainda para anunciar, que ficou acordado com o Governo da República e que consta de uma proposta entregue no Parlamento nacional, que o imposto sobre bebidas açucaradas deverá constituir receita da Região, devendo ser canalizado para o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM).

Clique aqui para a intervenção áudio de Mariana Mortágua

Artigo contendo partes da edição online do Diário de Notícias da Madeira de 19/11/16 de MIGUEL FERNANDES LUÍS e que pode ser consultado aqui.

Intervenção de Paulino Ascenção na sessão com Mariana Mortágua sobre o Orçamento do Estado para 2017

Intervenção de Mariana Mortágua na sessão sobre o Orçamento do Estado para 2017