Questões de aposentação,horários de trabalho e concursos a nível regional levam professores a fazer greve na Madeira

Arrancou esta terça-feira uma greve, a nivel nacional, de quatro dias em que os professores vão concretizar de forma faseada. Esta iniciativa tem como pano de fundo a contabilização do tempo de serviço congelado pois o Governo só quer contabilizar dois anos e dez meses de tempo de serviço, dos nove anos, quatro meses e dois dias que os professores reclamam. 

Hoje começa a greve de quatro dias que os professores vão concretizar de forma faseada pelo território nacional, e que tem como grande motivação o desacordo com o Governo em relação à contabilização do tempo de serviço congelado, matéria sobre a qual não saíram avanços ou novidades na reunião de segunda-feira entre as estruturas sindicais e a tutela.

O Governo, representado pela secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, e pela secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, Fátima Fonseca, reafirmaram a proposta que já tinha sido apresentada aos sindicatos a 28 de fevereiro e que as estruturas rejeitam: contabilizar apenas cerca de dois anos e dez meses de tempo de serviço, dos nove anos, quatro meses e dois dias que os professores reclamam.

Os sindicatos colocavam algumas expectativas na reunião de segunda-feira para uma eventual desconvocação da paralisação, mas perante os resultados, que não alteraram em nada a proposta inicial, decidiram manter a greve, que arranca hoje nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém e na Região Autónoma da Madeira e termina a 16 de março, sexta-feira, dia em que os professores paralisam na região norte (Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança) e na Região Autónoma dos Açores.

Na Madeira, até ao momento, 80% dos docentes da Escola da Ajuda e de Água de Pena aderiram à greve e segundo Francisco Oliveira, presidente do SPM ( Sindicato de Professores da Madeira ) esta adesão representa claramente o descontentamento dos professores, pois apesar da recuperação do tempo de serviço estar acertada com a Secretaria da Educação, “há muitas outras questões para resolver”, enunciando, nomeadamente a questão da aposentação, os horários de trabalho e os concursos a nível regional. “São tudo questões que levam a que as pessoas não estejam contentes”.