O Cabo Girão é uma zona ímpar que é necessário preservar e proteger

O afundamento por parte da Marinha de uma corveta para criar um recife artificial, levanta sérias dúvidas que as atividades que dai decorram, não a tornem numa zona de turismo massificado, colocando em causa a salvaguarda geológica desta área e as espécies ai existentes.

O Bloco de Esquerda Madeira, interpelou esta manhã, Susana Prada, sobre a criação do Parque Marinho do Cabo Girão e a Área Protegida do Cabo Girão, lamentando que o mesmo não tenha sido constituído mais cedo, o que evitaria a ocupação de 80% da área de cultivo por parte dos “magnatas da agricultura”.

A Secretária Regional do Ambiente e Recursos Naturais, esteve esta manhã na Assembleia Legislativa da Madeira a defender dois diplomas: A criação do Parque Marinho do Cabo Girão e a Área Protegida do Cabo Girão.

Apesar de Susana Prada afirmar, no seu discurso de apresentação dos dois diplomas, “que a área marinha, costeira e a arriba do Cabo Girão, possui um valor natural, paisagístico e cultural elevado”, é no entender do Bloco de Esquerda, que o afundamento por parte da Marinha de uma corveta para criar um recife artificial, levanta sérias dúvidas que as atividades que dai decorram, não a tornem numa zona de turismo massificado, colocando em causa a salvaguarda geológica desta área e as espécies ai existentes.

Roberto Almada, que interveio pelo Bloco de Esquerda, aproveitou ainda para alertar na sua intervenção, que a harmonização regrada e objetiva entre o meio natural e as práticas humanas é da mais elementar obrigatoriedade, por forma a proteger um ex-líbris Regional de uns certos “patos bravos” que aproveitaram ao máximo, “os fundos europeus para fazerem sua, uma das propriedades agrícolas das mais férteis da Região” e que exploram também um teleférico adquirido na sua maioria com comparticipação Europeia, para proveito e lucros próprios, praticando preços exorbitantes a locais e turistas.  

Roberto Almada - “O Cabo Girão é uma zona ímpar que é necessário preservar e proteger”