Criação de empregos públicos como resposta à crise

Quando a economia privada está paralisada, o Estado tem a obrigação de gastar o que pode na criação de empregos, e assim responde à crise económica, melhora a esperança no futuro e combate a outra pandemia, a da doença mental que se alimenta da ansiedade no presente e da falta de perspetivas de futuro.

A melhor resposta que os governos podem dar à crise é criar empregos, investir na criação de empregos públicos.

Os privados em tempos de incerteza não investem, adiam as decisões de investir e criar empregos. É um facto estabelecido da ciência económica. Só podemos contar com o Estado e as das entidades públicas para criar empregos, aliás é sua obrigação, ainda mais quando esta crise é muito séria e só tem paralelo com as guerras mundiais ou a grande depressão de há 100 anos.

Os privados, mesmo recebendo apoios do Estado, nem sequer garantem a manutenção dos empregos existentes, tem despedido, como têm denunciado e bem os sindicatos.

Os estágios e os programas de ocupação não bastam, não dão remuneração suficiente, não dão a dignidade mínima a quem trabalha ao abrigo desses programas. As empreitadas de obras públicas também não são a melhor opção, além da utilidade discutível das obras anunciadas, baseiam-se em trabalho precário e sem perspetivas de futuro e canalizam para o exterior recursos essenciais, para pagar estudos, materiais e maquinaria.

Quando a economia privada está paralisada, o Estado tem a obrigação de gastar o que pode na criação de empregos, e assim responde à crise económica, melhora a esperança no futuro e combate a outra pandemia, a da doença mental que se alimenta da ansiedade no presente e da falta de perspetivas de futuro.