Cirurgias em espera são evidência do mau Governo que temos

As cirurgias em espera aumentaram de 15.000 para 20.000 neste mau Governo de Albuquerque. Há uma estratégia de rebentar com o serviço público de saúde e apresentar os privados como a salvação. A mudança que é preciso não pode premiar essa estratégia, há que investir no serviço público para que esta dê resposta cabal, encaminhar para o privado seria "dar o ouro ao bandido".

As cirurgias em atraso são uma tragédia e a evidência da incompetência deste Governo. Em números redondos passamos de 15.000 para 20.000 nos últimos 4 anos, e o sr Secretario vem dizer que em 4 anos resolve o problema? Não é sério, o vice-presidente ao dizer que a Saúde na Madeira está bem e recomenda-se, quer enganar quem?

As listas de espera para cirurgias são três vezes maiores na Madeira que no resto do País, é o descalabro, é um problema criado pelo PSD, resulta das escolhas políticas e não da vontade dos profissionais, e não é credível que quem criou o problema agora o vá resolver.

Quem tem uma cirurgia em espera tem a vida condicionada, produz menos, pode auferir baixa – são custos para o Estado. O tempo da espera só pode fazer agravar a situação e levar a uma intervenção mais custosa que se fosse feita intervenção imediata.

Quando se tratam de crianças, isso sim é criminoso, tratam-se de pessoas em crescimento e os atraso podem ser dramáticos para toda a vida.

Exige-se um pingo de humanidade ao governo Regional para que dê prioridade às cirurgias em espera que envolvem crianças e adolescentes.

Há prioridades invertidas do PSD. O bloco operatório está identificado há 6 anos como carente de obras urgentes, vão ser adiadas mais uma vez.

Há uma estratégia não assumida de rebentar o serviço público para alimentar os negócios privados na saúde, muito lucrativos apetitosos.

Por isso a mudança necessária não pode passar por cumprir essa estratégia de encaminhar para os privados, isso seria dar o ouro ao bandido. A mudança de política passa por reforçar os meios do Serviço Público, sobretudo humanos, para melhorar a resposta para todos.

No imediato o recurso ao privado parece boa solução, mas a prazo agrava os problemas de falta de meios do setor público e agrava a dependência face os privados. Quanto maior o poder que tiverem maior a chantagem que poderão fazer, sempre para aumentar os seus lucros e nunca para melhorar a resposta aos cidadãos.

Quanto mais investimento no serviço público mais garantias de termos cuidados de saúde acessíveis para todos, pois o privado é só para alguns - quem pode pagar.