Bloco junta-se aos trabalhadores contra os custos de insularidade

O Bloco de Esquerda apresentou várias propostas que visam consagrar direitos para os trabalhadores e reformados e têm em vista atenuar os custos de insularidade.

Guida Vieira adiantou que duas propostas relacionadas com o salário mínimo e com o subsídio de insularidade dos funcionários Públicos já deram entrada na mesa e que, ainda esta semana, serão apresentadas outras referentes aos reformados.

Estas propostas justificam-se com o reconhecimento, inclusive do Governo Regional, “que na Madeira o custo de vida é mais elevado e que temos uma média salarial abaixo da média Nacional. Na Madeira são 663 euros e no País são 720 euros”, refere Guida Vieira.

Acrescentando que a população da Madeira é das mais pobres de Portugal, “devido ao fraco poder de compra e à falta de um real desenvolvimento económico que produza riqueza”. Aceda aqui e aqui aos projetos já apresentados no Parlamento.

Face a todas estas condicionantes, acusa o Bloco de Esquerda, não têm havido “medidas integradas que contemplem todos os estratos da população que trabalha ou que vive da sua reforma e que também já descontou impostos durante toda uma vida de trabalho”. Daí que, estas propostas visem consagrar um critério que abranja a maioria da população, quer a que trabalha quer a que já trabalhou.

Os bloquistas não concordam que se fale apenas num dos estratos dos trabalhadores esquecendo os outros e que as propostas visem consagrar aumentos elevados apenas para os funcionários públicos. Neste aspeto, criticam, “é preciso ser coerente e não apenas tentar cobrir o sol com a peneira fingindo que defendem os interesses dos funcionários públicos na Madeira quando no Governo Nacional são os seus maiores carrascos”.

Guida Vieira afirma que as propostas do Bloco “são coerentes e realizáveis” pois considera que o acréscimo ao salário mínimo deveria subir, de 2% para os 5%, que o subsídio de insularidade para os funcionários públicos deveria aumentar também de 2% para os 5%, bem como, as pensões e outras prestações sociais. Neste sentido, conclui a dirigente, “vamos ver quais os argumentos”, da maioria Parlamentar, “para que estas não sejam consideradas propostas válidas, sérias e coerentes, defensoras dos interesses da maioria dos Madeirenses e Porto-santenses”