Bloco defende gestão pública da linha maritima para o Porto Santo para salvaguardar os interesses dos Portossantenses

O Porto Santo está submisso aos interesses privados quer na sua economia quer na atuação do Governo. A gestão pública das linhas aéreas e maritimas inter-ilhas defende o verdadeiro interesse dos portossantenses.

O Coordenador do Bloco Madeira, Paulino Ascenção esteve este fim de semana no Porto Santo numa ação onde afirmou que os “reais problemas de isolamento da ilha do Porto Santo devem-se à submissão a interesses privados, quer na economia local, quer na atuação do Governo.”

Aprofundou que as atuais ligações marítimas e aéreas são inadequadas, sendo que no caso do avião a sua dimensão é reduzida e incapaz de transportar doentes, já no caso do navio “nos meses de época mais baixa tem excesso de capacidade e a velocidade não é adequada para dar auxilio quando os passageiros ficam retidos devido ao encerramento do aeroporto da Madeira por razões meteorológicas”.

 

“Existe uma submissão aos interesses privados já que a ligação marítima está concessionada há vários anos e a situação vai perdurar por muitos anos e isso faz com que o interesse do concessionário se sobreponham ao interesse geral dos portossantenses”. A este propósito, apontou, ainda, a atitude contraditória do Governo Regional, que remete para o Governo da República o concurso da ligação aérea inter-ilhas mas que no caso da ligação marítima faz questão de chamar a si esse dossier. “Esta é a melhor evidência que o Governo Regional é submisso a interesses particulares”. Só a gestão pública que está sujeita ao escrutínio democrático da população é que garante a defesa do interesse público” na questão dos transportes, caso contrário, “os interesses privados vão sempre sobrepor-se e condicionar as opções”, acrescentou Paulino Ascenção.