Bloco de Esquerda Madeira contra descida da TSU

A redução da TSU é “totalmente injusta e errada”, até porque durante os quatro anos em que a troika esteve em Portugal, o “salário mínimo nacional esteve congelado sem que nenhuma contrapartida fosse retirada às entidades patronais para compensar o sacrifício que estava a ser exigido aos trabalhadores”.

O Bloco de Esquerda tem tido como uma das suas maiores lutas, a subida do Salário Mínimo Nacional. Para este ano, o acordo de convergência com o PS e PCP, garantiu a subida do mesmo para 557 euros já neste mês de janeiro.

No entanto, e apesar de se congratular com este aumento, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda Madeira, esteve esta manhã em contacto com a população do Concelho de Santa Cruz, onde criticou o acordo assinado na Concertação Social entre o governo, o patronato e a UGT, em especial a descida da Taxa Social Única para as entidades patronais, algo que foi dado como contrapartida para o aumento.

Para o Bloco de Esquerda Madeira, a atitude do Governo da República, não augura nada de bom para a Segurança Social, sendo um contrassenso ir buscar aos impostos o que é responsabilidade do patronato pagar. “Esta descida vai implicar uma descapitalização da Segurança Social, numa época em que tanto se fala em medidas para garantir a sustentabilidade da mesma. Esta redução contraria todas as medidas que estão a ser estudadas para que a Segurança Social seja sustentável”, afirmou Rodrigo Trancoso, o porta voz da iniciativa.

É no entender do Bloco de Esquerda Madeira, que o Governo da República, se encontra a submeter à pressão do patronato, ao aliviar, com os nossos impostos, o aumento do salário mínimo. O que é considerado por Rodrigo Trancoso, como “totalmente injusto e errado”, até porque durante os quatro anos em que a troika esteve em Portugal, o “salário mínimo nacional esteve congelado sem que nenhuma contrapartida fosse retirada às entidades patronais, para compensar o sacrifício que estava a ser exigido aos trabalhadores”.

Os argumentos que as entidades patronais usam para exigir a redução da Taxa Social Única, também foram criticados por parte do deputado, que os considerou como “totalmente falaciosos”, tendo em conta que não ficam dúvidas em relação ao impacto positivo que o aumento do salário mínimo pode ter na economia, com a respetiva criação de emprego e com o crescimento económico que contribuirá para que haja mais poder de compra. O aumento do SMN é um fator dinamizador da própria economia, como comprovou o último aumento, que trouxe criação de emprego, aumento do consumo e crescimento económico.

Se algum decreto vier a ser aprovado que baixe a TSU, ainda não foi, o governo pode contar que o Bloco de Esquerda irá lutar contra essa medida, afirmou o deputado Rodrigo Trancoso.

(Fotos por Sónia Almada)

Rodrigo Trancoso - " A redução da TSU é totalmente injusta e errada"