Bloco de Esquerda Madeira apoia trabalhadores da ECM na luta por melhores salários

Desde 2019, que os trabalhadores não têm aumentos e a administração da ECM propõe-lhes um aumento de 1,5%, o que é quase um insulto para quem ali trabalha

O Bloco de Esquerda Madeira associou-se, na última quinta-feira, às reivindicações dos trabalhadores da Empresa de Cervejas da Madeira (ECM) que convocaram dois dias de luta por aumentos salariais justos, o pagamento digno das horas extras, bem como contra a descriminação salarial que se faz sentir em alguns sectores, onde trabalhadores com a mesma categoria e os mesmos anos de serviço não auferem salário igual. Lutam também pela revisão do Acordo da Empresa, que, em 2018, lhes retirou uma série de subsídios e complementos que compunham o salário base.

Desde 2019, que os trabalhadores não têm aumentos e a administração da ECM propõe-lhes um aumento de 1,5%, o que é quase um insulto para quem ali trabalha. Principalmente quando só desde janeiro deste ano, o cabaz alimentar teve um aumento 3 vezes superior ao dos salários e a inflação foi superior a 5% em Março de 2022. 

Os ganhos desta luta serão uma vitória para todos os trabalhadores da ECM e não apenas para aqueles que fizeram greve, por isso todos devem associar-se, mesmo que, segundo nos disseram, “haja um clima de medo e de perseguição”.  Só com pressão, só com mais força haverá resultados mais rápidos que beneficiarão todos. Era importante que não tivessem medo de juntar-se a estas reivindicações que são justas. Que lutassem pelo futuro das suas carreiras e, ao mesmo tempo, por um salário que lhes permita pagar as suas despesas e viver com dignidade e não apenas sobreviver.

Os lucros das empresas não devem servir apenas para distribuição de dividendos pelos accionistas, devem também contribuir para a melhoria da massa salarial de quem produz, dos trabalhadores, daqueles que todos os dias dão o seu contributo, com o seu trabalho, para o desenvolvimento desta empresa regional.