BE vai propor reposicionamento dos professores da Madeira já no próximo ano

No âmbito da discussão do Orçamento da Região para 2018 na Assembleia Legislativa da Madeira, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda vai propor a inscrição de uma verba no para garantir o reposicionamento nas carreiras dos professores e com contabilização integral do tempo de serviço.

No âmbito da discussão do Orçamento da Região para 2018 na Assembleia Legislativa da Madeira, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda vai propor a inscrição de uma verba no para garantir o reposicionamento nas carreiras dos professores e com contabilização integral do tempo de serviço. A proposta foi anunciada pelo líder desta força política, Roberto Almada, no final de uma reunião com a direção do Sindicato dos Professores da Madeira (SPM).

Para o dirigente bloquista, o reposicionamento na carreira “é uma justa reivindicação dos professores” que “significará um acréscimo de apenas de 5 milhões de euros no Orçamento da Região”. Pelas suas contas de Roberto Almada, a Região terá de despender 8 milhões de euros com esta medida, mas 3,2 milhões de euros voltarão aos cofres públicos na forma de impostos aplicados às remunerações dos docentes. “Tudo faremos, no âmbito da discussão do Orçamento, para que justas reivindicações - como são estas dos professores - sejam atendidas”, reforçou.

O encontro com o BE encerrou uma ronda de reuniões da direção do SPM com todos os partidos representados no parlamento madeirense. O presidente da estrutura sindical, Francisco Oliveira, manifestou-se satisfeito com “a aceitação de muitas das reivindicações” dos professores. A citada recuperação do tempo de serviço e reposicionamento na carreira de acordo com o estipulado no estatuto da carreira docente é uma das principais questões que preocupam estes profissionais.

Mas há outros problemas, como o envelhecimento da classe docente. “Há colegas que já deveriam estar a ir para aposentação, porque já deram muito à Região em termos de educação e que já mereceriam uma vida mais tranquila e não terem que continuar a lidar com as situações diárias de indisciplina e trabalho contínuo com crianças cheias de energia”, descreveu Francisco Oliveira. A falta de condições de trabalho também preocupa, pois há “falta de materiais didáticos e informáticos, laboratório e que são compensados tantas vezes com investimentos pessoais dos professores”.

Outra questão aguda é a precariedade e falta de docentes novos no sistema educativo regional. “Isto é grave porque havendo um grupo tão grande que aos poucos se irá aposentar ao longo dos próximos anos, mesmo com a diminuição demográfica que é previsível, não serão estes professores que agora estão a entrar na carreira suficientes para compensar as saídas”, completou o presidente do SPM.

Artigo publicado em dnoticias.pt