BE insiste na necessidade de contratação de mais enfermeiros e regularização da situação dos atuais

O grupo parlamentar do BE na Assembleia Legislativa Regional reuniu ontem com o Sindicato dos Enfermeiros da Madeira, para, no âmbito da preparação do Orçamento da Região para 2018, obter alguns contributos e sugestões.

O grupo parlamentar do BE na Assembleia Legislativa Regional reuniu hoje com o Sindicato dos Enfermeiros da Madeira, para, no âmbito da preparação do Orçamento da Região para 2018, obter alguns contributos e sugestões. De acordo com Roberto Almada, deputado e coordenador regional do BE, os bloquistas ficaram com a convicção de que as necessidades do Serviço Regional de Saúde, no que concerne aos profissionais de enfermagem, são muito superiores àquilo que o Governo Regional diz.

Neste momento, cerca de mil enfermeiros são necessários ao Serviço Regional de Saúde, disse, mas ainda assim, o Sindicato dos Enfermeiros entende que já ficaria satisfeito se o GR cumprisse o compromisso assumido pelo secretário da tutela, Pedro Ramos, de até ao fim da legislatura dotar o serviço de mais 400 profissionais de enfermagem.

“É verdade que durante o ano que agora finda foram admitidos 150 enfermeiros”, disse Roberto Almada, mas já 50 a 60 deles trabalhavam já a recibo verde, tendo visto agora a sua situação regularizada. Assim, as novas aquisições resumem-se a cerca de 90 enfermeiros, o que é ainda pouco para fazer face às atuais necessidades.

Por outro lado, o bloquista deu conta das dificuldades de enfermeiros que trabalham em várias instituições ligadas à Segurança Social, contratualizados por IPSSs, alguns em contrato individual de trabalho, outros a recibo verde, e apenas uma pequena minoria de efetivos. Trabalham em lares de terceira idade, que, não dependendo do Serviço Regional de Saúde, estão, muitos deles, em situação de precariedade. “É preciso acabar com esta prática de as IPSS irem buscar enfermeiros ao Centro de Emprego e, quando acabam os seus contratos, mandá-los para casa e irem buscar outros. Isso fica muito mais barato para as Instituições de Solidariedade Social, mas prejudica não só os enfermeiros, mas os próprios utentes dos lares, que se veem privados dos enfermeiros a que já estavam habituados”.

Estas e outras questões serão levadas pelo BE para proposta de admissão de mais enfermeiros no Serviço Regional de Saúde.

Artigo publicado no site do funchalnoticias e consultável aqui