BE denuncia pressão sobre as sanções de Bruxelas

A coordenadora do BE disse hoje que há pressões para que o processo das sanções a Portugal "se vá arrastando" numa tentativa de limitar as opções do Orçamento do Estado para 2017, no qual não aceitam medidas de austeridade.

"Não desconhecemos as pressões que existem para que este processo [de sanções da Comissão Europeia a Portugal e a Espanha] se vá arrastando e com isso haja uma tentativa de limitar as opções orçamentais em Portugal", disse Catarina Martins em conferência de imprensa após a primeira reunião da Mesa Nacional depois da X Convenção do BE.

Na opinião da líder bloquista, "ao contrário do que Maria Luís Albuquerque eventualmente pense, ao ministro alemão Schäuble pouco interessa quem está no Governo ou na maioria parlamentar em Portugal, desde que se mantenha cortes nos salários e nas pensões".

"A maioria parlamentar apoiada à esquerda em Portugal não deve servir apenas para tornar o quadro político mais diverso, tem que corresponder a políticas concretas. Não aceitaremos fazer medidas de austeridade. Isso não significa que o Bloco fuja às suas responsabilidades de, mesmo nos cenários mais difíceis, negociar um Orçamento do Estado", sublinhou.

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